Quem foi o primeiro professor de Libras no Brasil?

A milhares de anos atrás, antes mesmo do homem aprender a falar, ele se comunicava através de sinais e desenhos.

Ver os gestos dos outros, suas expressões faciais e a maneira como seu corpo agia era a forma de se comunicar e transmitir suas mensagens.

A medida que as mãos ficavam mais ocupadas manuseando ferramentas os primeiros homens passaram a usar de sons para passar aquilo que precisavam para os outros.

Essa mudança se tornou a regra com o passar do tempo, fazendo com que aqueles que eram incapazes de ouvir ficassem marcados na história como pessoas marginalizadas e até mesmo incompetentes.

Isso começou a mudar a partir da Idade Moderna , segundo relatos históricos pelas ações do monge beneditino espanhol, Pedro Ponce de León.

Considerado o primeiro professor de pessoas surdas esse monge criou um manual que o permitia ensinar a esses indivíduos a ler, escrever e falar diversos idiomas.

A partir dos ensinamentos e esforços do monge beneditino Pedro, e da forma como ele comprovou ser possível ensinar as pessoas surdas a se comunicarem oralmente, surgiram também outros professores que dedicaram suas vidas aos métodos de ensino a essas pessoas.

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A comunicação usando de gestos já existia de alguma forma em solo brasileiro antes mesmo do primeiro professor de surdos chegar ao país,

mas foi apenas em 1855 que sua história começou a ficar mais clara. Ano que D. Pedro II convidou o professor francês Ernest Huet para vir ao país.

Em 1857 foi oficialmente fundada a Imperial Instituto de Surdos-Mudos, no Rio de Janeiro. Nela, Huet trabalhava tanto como educador quanto diretor, usando do método de comunicação total,

que visa melhorar e desenvolver o aprendizado das pessoas surdas em todas as áreas da sua vida, não apenas educacional.

Para ensinar aos seus alunos Huet usou da Língua de Sinais Francesa, mas também mesclou a ela gestos que já existiam em solo brasileiro e eram usados pela população surda do país.

Foi assim que começou a surgir a Língua Brasileira de Sinais, conhecida hoje como libras. Ele permaneceu no Brasil até 1861, quando passou a direção do internato para outro professor e se mudou então para o México.