Qual a diferença entre coaching e coach?

A prática de coaching cresce e conquista mais adeptos a cada ano. Ainda assim, é considerada uma temática recente no Brasil e por conta disso podem surgir algumas dúvidas sobre o assunto, inclusive acerca das nomenclaturas, já que fazem uso de muitos termos em inglês.

O que faz um coach? Como funciona o coaching? Afinal, qual a diferença entre coaching e coach? E o que seria coachee? São muitas palavras novas e parecidas entre si, não é mesmo?! Vamos tirar essa e outras dúvidas a seguir, continue a leitura para saber mais. 

O que é coaching?

Quando falamos em “coaching”, estamos nos referindo à prática que envolve diversos métodos de desenvolvimento humano com o propósito de alcançar metas e objetivos pré-estabelecidos (como melhor desempenho, por exemplo). A atividade é construída a partir da união de conceitos de áreas diversas, como administração, gestão de pessoas, programação neurolinguística, neurociência e psicologia, entre outras.

Nesse processo, o coach (termo designado ao profissional da área, que traduzido para o português teria um significado semelhante a “treinador”) ajuda o seu cliente a compreender suas metas e objetivos, conhecer suas principais habilidades e pontos passíveis de melhora, e os mecanismos necessários a serem desenvolvidos para alcançar o que deseja.

O plural de coach é coaches. Esses profissionais podem ajudar nos âmbitos pessoal, profissional e empresarial, por isso podem ser contratados tanto por um único indivíduo, quanto por uma equipe de trabalho ou uma instituição.  

Ao adotar técnicas e ferramentas, o coach desenvolve um planejamento estratégico e um plano de ação, de modo a possibilitar que seus clientes consigam conquistar seus objetivos de maneira pragmática. Quem contrata o serviço de um coach é denominado de coachee. 

Então resumindo: o coaching é o conjunto de métodos aplicados pelo coach, com o objetivo de ajudar o coachee a alcançar as metas pré-estabelecidas. Sendo que o coach é o profissional capacitado para ajudar pessoas e empresas por meio da prática de coaching, e deve ser devidamente certificado por uma instituição reconhecida pelos órgãos mundiais na área. Coachee é o cliente que contrata o coach, podendo ser um indivíduo, um grupo de pessoas ou uma organização. 

Essa é uma das carreiras que mais têm crescido no Brasil nos últimos anos. Confira a seguir como se tornar um coach. 

Quem pode ser coach?

Basicamente, qualquer pessoa pode trabalhar com coaching, desde que esteja devidamente certificado por um órgão reconhecido. Mas algumas características pessoais podem facilitar a atuação nessa área. 

Se você se considera uma pessoa proativa, curiosa, que gosta de se manter atualizada ao pesquisar e descobrir novos métodos e técnicas, você pode se dar muito bem trabalhando como coach. Além disso, é importante ter uma profunda base ética, compromisso com valores sociais e senso de coletividade.

Essa é uma opção para quem gosta de ajudar outras pessoas a aprimorar suas habilidades e perseguir seus objetivos. Mas como é o processo para se tornar coach? Veremos logo a seguir.  

Como se tornar coach? 

Há dois caminhos possíveis para quem tem o interesse de trabalhar com coaching: cursos livres e cursos de pós-graduação.

Os cursos livres habilitam qualquer pessoa a exercer a profissão de coach. Há diversas instituições brasileiras que oferecem cursos na área. O valor desses cursos pode variar de R$ 1.000 a R$ 8.000, dependendo do grau de especificação procurado pelo profissional.

Algumas das escolas mais conhecidas na área são: 

• Instituto Brasileiro de Coaching (IBC)
• Sociedade Brasileira de Coach (SBCOACHING Group)
• Febracis
• Sociedade Latino Americana de Coaching
• Escola de Coaches
• Abracoaching

Para quem já possui um diploma de curso superior, há a opção de fazer uma pós-graduação na área. Os cursos de pós-graduação em coaching devem ser realizados em instituições credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC).

Mas é fundamental estar atento para não confundir a prática de coaching com outras práticas profissionais, como a de psicólogo, por exemplo. Confira a seguir. 

Coaching e terapia: cuidado para não confundir!

Ainda que o coaching beba da fonte da psicologia, entre outras áreas, para fundamentar alguns métodos e técnicas utilizados em sua prática, é necessário ter atenção para não confundir os dois campos de atuação.

Muitas pessoas, ao identificar que precisam de ajuda no âmbito emocional ou comportamental, podem procurar ajuda com um coach, o que não necessariamente pode ser o mais efetivo e seguro para alcançar seus objetivos.  

O profissional psicólogo tem sua atuação orientada por objetivos e disciplina vinculados a princípios fundamentados no campo da ciência e da pesquisa psicológica.

O coaching, por sua vez, não está relacionado às especialidades ou abordagens da psicologia. Psicólogos que trabalham como coaches não devem associar sua atuação com as práticas psicológicas, pois isso é contrário ao que orienta o Código de Ética Profissional do Psicólogo.

Ambas as modalidades de atuação possuem sua devida importância para o autodesenvolvimento, mas cada uma delas foca em uma perspectiva diferente de auxílio ao indivíduo de acordo com as necessidades a serem atendidas. 

O foco da terapia é a saúde mental e bem estar do paciente. Seus objetivos incluem o acompanhamento de questões emocionais ou psicológicas, traumas, distúrbios psiquiátricos, busca por autoconhecimento e ressignificação de questões do passado. Esse tipo de serviço deve ser prestado unicamente por profissionais academicamente habilitados para exercer o ofício, ou seja, os psicólogos. 

O coach, por sua vez, tem o seu foco direcionado para a otimização da performance do indivíduo, por meio do trabalho de habilidades e competências, no sentido de ajudá-lo a alcançar resultados melhores tanto na vida pessoal quanto no quesito profissional. Através desse trabalho, metas são estabelecidas entre cliente e coach, de modo a traçar um plano estratégico para alcançá-las. 

Suas metodologias podem ser aplicadas em contextos empresariais, de modo a atender as mais diversas necessidades mercadológicas. O planejamento conta com começo, meio e fim, respeitando um período pré-estabelecido para o alcance dos resultados. 

O Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) alerta que a prática de coaching não se configura como terapia. Sendo assim, recomenda que “na dúvida entre um psicólogo e um coach, para qualquer problema emocional ou mental, o psicólogo deve ser escolhido”. Atentar para isso é um dos principais cuidados a serem tomados de forma a se certificar de contar com um profissional ético e preocupado em oferecer o melhor para quem o procura. 

O processo de coaching deve ser conduzido por um coach profissional, devidamente certificado por uma instituição de coaching que possua credibilidade no mercado. Há  coaches especializados em diversos direcionamentos, como  carreira, liderança, vendas, finanças e relacionamento, entre outros. 

Atentar para a importância de uma boa formação é fundamental para oferecer um serviço de qualidade, estando capacitado para atender as necessidades dos seus clientes.

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