Para que servem as ONGs?
Sim, nós podemos construir um novo mundo, ou um novo Brasil, caso prefira. Era esse o objetivo prometido para o futuro, ainda em 1992, quando os governantes de mais de 108 países e 9 mil ONGS fizeram uma reunião na cidade do Rio de Janeiro para discussão dos impactos capitalistas no meio-ambiente. Esse encontro bateu recorde de público e, definitivamente, entrou para a história das Organizações Não Governamentais: nunca antes na história fora conseguida tamanho espaço para debater um tema tão urgente e polêmico.
Naquela época, surgiu o sentimento de alteração, como se um novo setor surgisse para revolucionar o sistema de forma mais eficiente. Eles não teriam os vínculos burocráticos dos Estados e nem das ganâncias financeiras das grandes empresas, mas lutariam, ainda assim, por uma sociedade mais justa, mais igualitária.
Dez anos se passaram e o sonho cedeu espaço para um dado um pouco mais real. Uma pesquisa feita pelo Ibope mostra que 73% dos brasileiros, se quer, sabe o que é uma ONG. Por isso, fizemos cinco perguntas interessantes para que você consiga entender esse movimento. Vem com a gente!
O que é uma ONG?
Se nós levássemos ao pé da letra o significado dessa sigla, poderíamos enquadrar aqui, nessa nomenclatura, tudo aquilo que não é empresa, mas que também faz parte do Estado, de certo modo. Podemos definir que a ONG é uma filosofia de vida. Na Constituição Federal, vemos o texto expresso de fundações, associações e organização civis de interesse público, mas em momento algum vemos a palavra “ONG”. Os pilares que a sustentam foram levantados de acordo com a filosofia de vida dos próprios participantes.
Contudo, essa é uma porta que não está aberta para receber a todos. Alguns requisitos se fizeram obrigatórios para que você pudesse penetrar. Os fins lucrativos, como o próprio nome diz, são banidos, claro. O foco da atividade apresentada por ela deverá ser voltado para atender a necessidade social. Podemos dizer que ONG são entidades que estão comprometidas com determinadas causas. As ONGs fazem parte do conhecido “Terceiro Setor”.
Para que serve uma ONG?
Segundo Plínio Bocchino “as ONGs são ferramentas onde nós cidadãos, parte da população brasileira, exercemos o nosso direito a participação social”. Quando você se associa a uma ONG, você encontra pessoa que tem os menos ideais que os seus e estão lutando por um objetivo em comum, junto com você. Você atuará no Terceiro Setor, como é chamada as instituição filantrópicas que atuam exatamente onde o Estado não consegue dar conta. Muitas solicitações sociais são deixadas de lado por conta do Estado: saúde, educação, moradia, entretenimento, enfim, todas essas acabam seno finalidades fins das ONGs e seus voluntários.
Isso quer dizer que ela supre a falta do Estado? Não. De forma alguma. Todos os voluntários, inclusive, reforçam a ideia de que ela não é e nem deve ser Estado. Então, sendo assim, o que compete a ONG? Cabe a ela protestar, apresentar propostas, organizar a sociedade, pressionar o governo e até se associar a algum projeto para sua execução. Porém, ainda assim, a responsabilidade de por a mão na massa, ainda seria de competência pública (dos entes federados).
As ONGs conseguem cumprir a sua função social?
Para elucidar, vamos pegar o caso do Programa Brasileiro de Combate à AIDS. É impossível conceber um cenário em que não houvesse a presença do Terceiro Setor. “Se as ONGs são existissem, esse atendimento estaria em crise” relata Sergio Haddad, ex presidente da Abong. Aqui é um exemplo clássico onde a ON conseguiu atingir o seu objetivo: coloque uma discussão em pauta, foi atrás de propostas do governo e conseguiu auxiliar na execução, dando todo o suporte quanto fora possível.
E isso nos faz refletir sobre uma simples questão: esse movimento pode ser considerado o suficiente para que consigamos transformar o país em que vivemos, ou estamos diante um paliativo criado para que a gente acredite que estamos tranquilos enquanto “alguém” zela por nós? A verdade é que as ONGs estão vivenciando um momento de frustração, principalmente quanto falamos em exclusão econômica. Segundo o Senador Mozarildo Cavalcanti “as pessoas idealizam que as ONG tem um processo mais acelerado que o Estado e menos burocrático. Essa é uma ideia que não pode ser comercializada”. Essa pergunta é uma ascendente que continua crescendo, até mesmo dentro do próprio movimento.
E quem financia as ONGs?
Ninguém consegue definir ao certo. Nenhum estudo ainda fora realizado dentro desse setor e por tal, não conseguimos definir detalhadamente de onde ver os recursos. O único documento que temos para demonstração é um levantamento feito pela Abong, com cerca de 250 ONGs.
Segundo esse documento, os principais financiadores as entidades são agências internacionais, em especial, as da Europa. No ano de 2000, elas chegaram a contribuir com o total de 50% da receita total do Terceiro Setor que estavam filiados à Abong. Mas esse panorama vem mudando… Já há sinais de investimentos nacionais em ONGs, tornando-a mais plural. Esse dinheiro está vindo dos Estados, através de parcerias público-privada feita por municípios, Estados e União.
Como posso me tornar voluntário de uma ONG?
Como o próprio nome diz, ela não tem fins lucrativos. Por isso dependem tanto de voluntários que tenham os ideais parecidos com o dela. Se você deseja fazer a diferença na vida de várias pessoas, estar dentro de uma ONG pode parecer uma ótima solução. Cada uma possui um perfil. É necessário saber onde você pretende atuar para saber como fazê-lo. Em suma, é uma questão muito simples: procure a ONg com o perfil desejado (ambienta, moradia, saúde, educação) e veja os processos pelos quais você terá que passar para se tornar parte da equipe.
Se você mora em São Paulo, que tal saber quais são as principais ONGs que estão em busca de voluntários? Assim, você já tem um norte por onde seguir.
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