Job rotation vale a pena?

Se você já ouviu falar em técnicas de treinamento pessoal ou programas de trainees, provavelmente também já ouviu falar no processo chamado Job Rotation.

A rotação de emprego, também conhecida como Job Rotation, é uma técnica de treinamento e desenvolvimento profissional utilizada por algumas empresas para rotacionar os empregos atribuídos aos seus funcionários durante todo o seu trabalho. Essa estratégia está crescendo cada vez mais em empresas brasileiras de diversos setores e áreas de atuação, e seu objetivo é maximizar o aproveitamento e o aprendizado de um funcionário dentro da empresa.

Como funciona?

a prática consiste em fazer com que o colaborador passe por diversas áreas da empresa
a prática consiste em fazer com que o colaborador passe por diversas áreas da empresa

Para simplificar, a prática consiste na troca de setores dentro da empresa, ou seja, o funcionário deve passar por diversas áreas dentro da organização antes de ser designado em seu setor de trabalho.

Dessa forma, o funcionário consegue conhecer a rotina de trabalho de cada setor, e com isso acumula conhecimentos e desenvolve habilidades que ajudam no seu desenvolvimento profissional dentro da empresa. Veja um exemplo: João foi admitido, e agora ele poderá ser orientado a trabalhar por algum tempo no setor da produção, depois vai passar para o setor financeiro, depois para a área de compras, vendas, administrativo, marketing, até por fim, ser indicado para um dos setores que atuou. Esse caminho faz com que o profissional possa conhecer mais sobre cada área, com o objetivo de se tornar um profissional completo, com alto conhecimento sobre todas as atividades da empresa.

 

E esse período que o profissional atua em cada área pode depender da relevância do setor para sua função, da área de atuação da empresa, e até da capacidade de aprendizado do colaborador, mas pode variar de um único dia até vários meses.

Vantagens – para a empresa

Benefícios do Job Rotation para a empresa
Benefícios do Job Rotation para a empresa

De acordo com muitos especialistas em Recursos Humanos, a maior vantagem na prática do Job Rotation, é o conhecimento que o funcionário adquire, que faz com que ele se torne um profissional melhor capacitado, já que aprendeu na prática como todos os setores da empresa funcionam. Assim, quando esse profissional for alocado para seu departamento definitivo, saberá exatamente como funcionam as tarefas nos outros setores, e poderá desempenhar suas funções de forma mais eficiente. Para resumir, a principal vantagem é que a empresa consegue obter colaboradores com maior conhecimento e habilidades.

A redução de custos com treinamento é outra vantagem para a empresa, já que eles são desenvolvidos durante o expediente. Ou seja, os funcionários já estão fazendo treinamentos em áreas dentro da empresa, e não em cursos fora do ambiente de trabalho. Isso faz com que a empresa economize dinheiro e tempo.

Vantagens – para o funcionário

Benefícios do Job Rotation para o profissional
Benefícios do Job Rotation para o profissional

Além da possibilidade de desenvolver novas habilidades e competências, o Job Rotation força o profissional a sair de sua zona de conforto, fazendo com que ele busque mais informações sobre a empresa, sobre cada setor, conheça áreas e tarefas diferentes, aprenda a exercitar liderança, e muito mais.

O profissional também é motivado a se manter em constante aperfeiçoamento e buscando atualiação e aprendizado, o que contribui para o seu desenvolvimento profissional. Outra vantagem é o aumento da autoconfiança, a capacidade de tomar decisões e a capacidade de liderar.

Desvantagens

o Job Rotation pode ter algumas desvantagens quando não aplicado da forma adequada
O método pode ter algumas desvantagens quando não aplicado da forma adequada

Se não for aplicado corretamente, o Job Rotation pode apresentar algumas desvantagens. Muitos especialistas do assunto acreditam que por ser muito generalista, o método pode prejudicar os profissionais, pois não proporcionam uma formação específica em determinada área. Outros dizem que a experiência pode ser ruim, pois quando o profissional começa a se acostumar com um setor, é obrigado a deixá-lo, interrompendo o seu aprendizado e experiência.

Outra desvantagem é quando o prazo para atuação em outras áreas não é determinado com antecedência. Dessa forma, o profissional pode se sentir inseguro e desmotivado durante o processo.

Como podemos ver, existem diferentes posicionamentos sobre o Job Rotation. Mas quando é bem planejado e estruturado, pode ser uma excelente técnica para todas as partes. Com o método, é possível preparar profissionais cada vez mais qualificados.

O job rotation é principalmente indicado para empresas que têm interesse em desenvolver programas de trainees, desenvolvimento de lideranças ou estagiários — porém qualquer organização pode adotar e se beneficiar com essa técnica.

E você, já participou de alguma prática de Job Rotation? Se gostou do artigo, deixe o seu comentário!

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7 Comentários

  1. João Maria Pereira disse:

    Ola bom dia gostei muito deste artigo ,como é importante o funcionário conhecer como funciona a empresa, pois alem de adquirir conhecimento pode se motivar para desempenhar outras funções dentro da própria empresa. muito bom !

  2. Benedito Mawete Afonso disse:

    Actualmente, me encontro em um processo igual e a principio fiquei triste porque perdi o meu posto permanente, pois nunca estive mais em uma mesma secção. Mais depois desta material tenho uma outra concepção, que na verdade não sabia que se tratava de Job Rotation. Foi bastante util, obrigado

  3. Adilson dos Santos disse:

    Excelente texto.
    Trabalhei numa empresa que o JOB ROTATION era usado para intimidar o colaborador problema.
    Por ele estar acomodado;
    Por fazer a famosa panela;
    Por não respeitar o líder;
    E, claro, fazia o JOB ROTATION da noite para o dia e o colaborador queria questionar e por aí vai….
    Algo de politicagem, para quem sabe o que é isso.
    Ótima ferramenta levando a explicação no texto escrito.
    Parabéns!!

  4. Muito bom o texto. Trabalhei numa empresa do seguimento alimentício por sete anos. Entrei na mesma como empacotadora e sair de lá como Caixa Geral.
    Todas as vezes que era solicitada a desempenhar outra função, não média esforços pois queria aprender mais e mais. Agradeço os gerentes que tive.

  5. Caixa Geral no tempo em que trabalhei realizava a mesma função de um assistente administrativo hoje.

  6. Kelly Rocha de Araújo Klein disse:

    Gostei muito do artigo . Vou investigar junto a empresa q trabalho se há a possibilidade de implantar para q eu participe já q nunca tive a oportunidade.

  7. Luiz Carlos de Moura disse:

    Excelente recurso,pois,desta forma além de
    melhorar as qualidades do profissional,algumas
    vezes se descobre uma melhor habilidade fora do setor preterido. As vezes faxineiro pode se tornar
    um bom operador de máquinas.

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