Diferença entre Vigia e Vigilante: Funções, Formação e Carreira
No campo da segurança, é comum encontrar termos que parecem semelhantes, mas que possuem funções e diferenças, como “vigia” e “vigilante”. Entender a diferença entre essas profissões é essencial para quem busca contratar serviços de segurança ou está considerando seguir uma carreira nessa área.
Neste artigo, exploraremos as principais distinções entre vigias e vigilantes, abordando desde as responsabilidades até os requisitos de formação. Continue lendo para descobrir qual profissional é mais adequado para suas necessidades de segurança e aproveite para conhecer as oportunidades e desafios de cada função.
Definição de Vigia
Um vigia é um profissional responsável por monitorar e supervisionar áreas específicas para garantir a segurança e a ordem. Eles atuam em diversos tipos de estabelecimentos, como empresas, condomínios, escolas e eventos, realizando rondas periódicas e observando qualquer atividade suspeita. A presença de um vigia é fundamental para prevenir incidentes e garantir a tranquilidade do ambiente.
As principais responsabilidades de um vigia incluem realizar rondas de segurança, monitorar sistemas de alarme, controlar o acesso de pessoas e veículos, e relatar quaisquer irregularidades ou incidentes às autoridades competentes. Eles também podem ser responsáveis por verificar portas e janelas, assegurar que todos os pontos vulneráveis estejam devidamente protegidos, e responder prontamente a emergências.
Vigias geralmente trabalham em locais onde a presença física é crucial para impedir comportamentos indesejados e para a rápida resposta a problemas. Isso inclui áreas comerciais, industriais e residenciais, onde a vigilância constante ajuda a manter a segurança e o bem-estar dos ocupantes e visitantes. A flexibilidade de horários é uma característica comum dessa profissão, com turnos que podem variar de acordo com a necessidade do local.
Definição de Vigilante
O vigilante, por outro lado, é um profissional de segurança que possui um nível mais elevado de treinamento e certificação. Eles são frequentemente empregados em funções que exigem maior preparação e capacidade de lidar com situações de risco elevado. Vigilantes são regulamentados por legislações específicas e, em muitos casos, precisam passar por cursos de formação e obter licenças para exercer a profissão.
As responsabilidades de um vigilante incluem a proteção de pessoas, bens e instalações contra roubos, vandalismo e outras ameaças. Eles são treinados para realizar intervenções em situações de emergência, utilizando técnicas de defesa pessoal e, em alguns casos, armas de fogo. Além disso, vigilantes são frequentemente responsáveis pela implementação de medidas de segurança, como a instalação e monitoramento de sistemas de câmeras e alarmes.
Vigilantes trabalham em uma variedade de ambientes, incluindo bancos, shoppings, instituições governamentais e eventos de grande porte. A natureza de seu trabalho muitas vezes exige uma presença mais ativa e visível, e eles são preparados para enfrentar situações de conflito e perigo com profissionalismo e eficácia. A exigência de turnos de trabalho variados e a necessidade de manter-se constantemente atualizado sobre práticas de segurança são características importantes dessa profissão.
Diferenças nas Responsabilidades de Vigia e Vigilante
As responsabilidades de um vigia e de um vigilante, embora semelhantes em alguns aspectos, diferem significativamente em termos de complexidade e abrangência. Vigias geralmente se concentram em tarefas de supervisão e controle, garantindo que o ambiente permaneça seguro através da observação e da prevenção de incidentes menores. Eles realizam rondas regulares e respondem a alarmes e emergências de maneira reativa, atuando de forma não ostensiva.
Já os vigilantes têm responsabilidades mais complexas e um papel mais proativo na segurança. Além de realizar rondas e monitoramentos, eles são treinados para intervir ativamente em situações de risco, aplicar técnicas de contenção e defesa, e em alguns casos, portar armas para proteger pessoas e propriedades. Vigilantes são preparados para lidar com uma ampla gama de situações de emergência, desde pequenos distúrbios até ameaças graves,atuando de forma ostensiva.
Exemplos práticos ajudam a ilustrar essas diferenças. Um vigia em um condomínio pode passar a maior parte do tempo monitorando câmeras de segurança e garantindo que todas as entradas estejam fechadas e seguras. Já um vigilante em um banco pode ser responsável por escoltar valores, responder a alarmes de roubo e lidar com tentativas de assalto. As responsabilidades de cada um são moldadas pelas necessidades específicas do ambiente em que trabalham e pelos riscos potenciais associados a esses locais.
Requisitos de Formação e Treinamento
Para se tornar um vigia, geralmente é necessário ter um ensino médio completo e passar por treinamentos básicos de segurança oferecidos pelo empregador ou realizar um curso online na área. Esses treinamentos podem incluir instruções sobre procedimentos de emergência, uso de equipamentos de segurança e técnicas de comunicação. A formação de vigias tende a ser mais prática e focada nas necessidades específicas do local de trabalho.
Já a formação de um vigilante é mais rigorosa e complexa. Os aspirantes a vigilantes precisam completar cursos de formação específicos, muitas vezes regulamentados por entidades governamentais. Esses cursos incluem treinamento em defesa pessoal, uso de armas, técnicas de vigilância e primeiros socorros. Além disso, vigilantes precisam obter licenças e certificações que comprovem sua capacidade de executar tarefas de segurança de alto risco.
A comparação entre os requisitos educacionais e profissionais de vigias e vigilantes destaca a diferença no nível de preparação. Enquanto vigias podem entrar no mercado de trabalho com menos formalidades, vigilantes precisam demonstrar um alto grau de competência e passar por avaliações rigorosas. Isso reflete as maiores responsabilidades e os riscos associados à profissão de vigilante.
Regulamentação e Certificação
A profissão de vigia é menos regulamentada em comparação com a de vigilante. Embora existam normas que orientam a atuação de vigias, elas são geralmente mais flexíveis e menos restritivas. Vigias devem seguir os procedimentos estabelecidos pelos empregadores e, em alguns casos, cumprir com regulamentações locais de segurança, mas não há exigências rigorosas de certificação.
Para vigilantes, a regulamentação é bem mais estrita. Muitos lugares exigem que vigilantes completem cursos de formação homologados e obtenham licenças específicas antes de poderem trabalhar. Essas licenças garantem que os vigilantes possuam o treinamento necessário para lidar com situações de alto risco. Existem também diversas leis e decretos que delimitam o trabalho do vigilante e das instituições que este profissional trabalha:
1. Lei n.º 7.102/1983
- Objetivo: Esta lei dispõe sobre a segurança para estabelecimentos financeiros e outros, incluindo as empresas de vigilância e transporte de valores.
- Conteúdo: Estabelece os requisitos para a constituição e funcionamento das empresas de segurança privada e define as atribuições dos vigilantes.
2. Decreto n.º 89.056/1983
- Objetivo: Regulamenta a Lei n.º 7.102/1983.
- Conteúdo: Detalha os procedimentos para a autorização e funcionamento das empresas de segurança privada e estabelece normas para a formação, contratação e atuação dos vigilantes.
3. Portaria n.º 3.233/2012 – Polícia Federal
- Objetivo: Estabelece normas e procedimentos para a autorização, funcionamento e fiscalização das empresas de segurança privada, bem como a formação e reciclagem dos vigilantes.
- Conteúdo: Define a carga horária e o conteúdo programático dos cursos de formação e reciclagem dos vigilantes, além dos requisitos para o porte de armas e outras obrigações legais.
4. Lei n.º 10.826/2003 – Estatuto do Desarmamento
- Objetivo: Regula o registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas (SINARM).
- Conteúdo: Define as condições para o porte de armas pelos vigilantes e estabelece os requisitos para a autorização e controle de armas de fogo utilizadas na segurança privada.
5. Consolidação das Leis do Trabalho (também aplicada ao vigias)
- Objetivo: Regula as relações de trabalho no Brasil.
- Conteúdo: Aplica-se aos vigilantes em aspectos como jornada de trabalho, direitos trabalhistas, adicionais de periculosidade e outras garantias previstas na legislação trabalhista.
6. Portarias e Instruções Normativas da Polícia Federal
- Objetivo: Complementam e detalham as disposições das leis e decretos sobre a segurança privada.
- Conteúdo: Incluem normas sobre o uso de uniforme, identificação dos vigilantes, procedimentos de segurança e outros aspectos operacionais.
7. Resoluções da Polícia Federal
- Objetivo: Estabelecem procedimentos específicos para determinadas situações ou atualizações na regulamentação da segurança privada.
- Conteúdo: Podem tratar de temas como a tecnologia utilizada na segurança privada, requisitos adicionais para empresas e vigilantes, entre outros.
As diferenças nas regulamentações refletem a natureza dos trabalhos. Enquanto vigias desempenham funções importantes de supervisão, a profissão de vigilante requer um conjunto de habilidades mais amplo e específico, o que justifica a necessidade de certificação e regulamentação mais rigorosas. Essas normas são essenciais para garantir a segurança tanto dos vigilantes quanto das pessoas e propriedades que eles protegem.
Ambientes de Trabalho
Vigias geralmente trabalham em ambientes que exigem monitoramento constante, mas com um risco relativamente baixo de incidentes graves. Isso inclui condomínios residenciais, edifícios comerciais, escolas e fábricas. Nesses locais, a principal função do vigia é prevenir incidentes através da observação e da presença física, atuando como um elemento dissuasor.
Vigilantes, por sua vez, operam em ambientes onde a segurança é uma preocupação maior e os riscos são mais elevados. Bancos, aeroportos, instalações governamentais e grandes eventos são exemplos típicos de locais onde vigilantes são empregados. Esses ambientes demandam uma presença de segurança mais ativa e preparada para responder a situações de emergência com rapidez e eficácia.
A comparação entre os locais de atuação de vigias e vigilantes destaca as diferentes expectativas e responsabilidades de cada profissão. Enquanto vigias se concentram na prevenção e supervisão em ambientes mais controlados, vigilantes estão prontos para lidar com ameaças diretas e emergências em cenários de maior risco. Essas diferenças influenciam diretamente as habilidades e treinamentos exigidos para cada função.
Equipamentos Utilizados
Os equipamentos utilizados por vigias são geralmente simples e focados na observação e no controle de acesso. Isso pode incluir lanternas, rádios comunicadores, câmeras de segurança e sistemas de alarme. Esses equipamentos auxiliam na realização de rondas, na comunicação com outros membros da equipe e no monitoramento de áreas.
Vigilantes, por outro lado, utilizam um conjunto mais sofisticado e variado de equipamentos. Além dos itens básicos de segurança, eles podem ser equipados com armas de fogo, coletes à prova de balas, bastões de defesa, e dispositivos eletrônicos avançados, como detectores de metais e scanners de segurança. A necessidade de um equipamento mais robusto reflete a natureza mais perigosa de seu trabalho.
Salário e Benefícios
A média salarial de vigias segundo o site salários.com é de R$ 1.659,40 por mês sendo mais baixo comparada à dos vigilantes, refletindo a diferença nas responsabilidades e nos requisitos de formação. Vigias geralmente recebem salários compatíveis com o nível de entrada na área de segurança, com variações dependendo do local de trabalho e das exigências específicas do empregador. Além do salário, benefícios como plano de saúde, vale-alimentação e auxílio-transporte são comuns.
Vigilantes, devido ao maior nível de risco e responsabilidade, costumam receber uma remuneração mais elevada, segundo dados do salário.com a remuneração média de um vigilante é de R$ 1.872,74 por mês. Além disso, vigilantes frequentemente recebem pacotes de benefícios mais robustos, incluindo bônus por periculosidade e adicionais noturnos.
Perspectivas de Carreira
Vigias podem se especializar em áreas específicas de segurança ou buscar oportunidades de supervisão e coordenação dentro de suas empresas. Com experiência e treinamento adicional, eles podem progredir para posições de maior responsabilidade ou mesmo transitar para a carreira de vigilante, onde a formação e certificação adicional abrirão novas portas.
Vigilantes têm um leque mais amplo de oportunidades de crescimento profissional. Além de posições de supervisão e gerência dentro das empresas de segurança, vigilantes podem se especializar em áreas como segurança cibernética, segurança de eventos, proteção pessoal, entre outras. A obtenção de certificações avançadas e a participação em treinamentos contínuos são essenciais para o desenvolvimento de uma carreira bem-sucedida como vigilante.
Ambos as carreiras oferecem excelentes oportunidades, o vigia, apesar de ser uma profissão com menos renome existe a possibilidade de realizar cursos na área de segurança e acabar se tornando um vigilante.
Importância de Cada Profissão
Ambas as profissões, apesar das diferenças, são fundamentais para a segurança dos locais, vigias e vigilantes desempenham um papel de guardião do local. Eles são os olhos e ouvidos em muitos locais, prevenindo problemas antes que eles ocorram e mantendo a ordem através de sua presença. Vigias desempenham um papel vital em ambientes onde a supervisão contínua é necessária, ajudando a criar um ambiente seguro e tranquilo para todos os ocupantes.
O papel dos vigilantes na proteção e segurança é igualmente necessário, mas com uma ênfase maior em resposta ativa a ameaças e incidentes. Vigilantes são treinados para lidar com situações de alta pressão e risco, garantindo que pessoas e propriedades estejam protegidas contra ameaças reais. Sua capacidade de intervir em emergências e implementar medidas de segurança avançadas torna-os indispensáveis em ambientes de alto risco.
Comparar a relevância e o impacto social de cada profissão revela que, apesar das diferenças nas responsabilidades e exigências, ambos vigias e vigilantes são essenciais para a manutenção da segurança e bem-estar em diferentes contextos. Cada profissão traz uma contribuição única e valiosa, garantindo que desde as áreas residenciais até os locais de alta segurança estejam protegidos e monitorados adequadamente.
Saber a diferença entre vigia e vigilante é crucial para escolher o profissional adequado às necessidades específicas de segurança. Enquanto os vigias oferecem supervisão e controle em ambientes de menor risco, os vigilantes estão preparados para lidar com situações de alta pressão e emergência, garantindo uma proteção mais ativa e especializada.
Ambas as profissões desempenham papéis essenciais na segurança de diversos ambientes, cada uma com suas características e responsabilidades distintas. Ao conhecer as particularidades de cada função, você pode tomar decisões informadas e eficazes para garantir a segurança e tranquilidade do seu espaço.
Curso de Vigia Escolar Grátis
Para se destacar como um vigia escolar, é fundamental mais do que apenas a atenção – é necessário ter uma visão abrangente do ambiente escolar! A função de vigia escolar requer uma gestão eficiente das áreas de segurança, prevenção de incidentes, monitoramento de alunos e comunicação. O profissional deve possuir conhecimentos de legislação escolar, técnicas de segurança, gestão de conflitos, primeiros socorros e práticas de monitoramento. Por isso, a formação contínua e a capacitação são essenciais, incluindo cursos relacionados à segurança patrimonial, legislação escolar, estratégias de comunicação, técnicas de mediação de conflitos e administração de crises. Prepare-se para ser um vigia escolar que faz a diferença!
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