Como informar o nível de inglês no currículo?
Inglês no currículo? Montar o currículo profissional é uma tarefa que pode dar dor de cabeça a muitos. Apesar de soar como algo simples a maneira como você dispõe suas informações acadêmicas e profissionais podem aumentar ou diminuir suas chances de conseguir a vaga que tanto almeja.
Entre os conhecimentos que se tornaram essenciais para um bom currículo está a habilidade de se comunicar em outros idiomas. Dependendo de qual a nacionalidade da empresa, função que o profissional deseja exercer e o local onde ela irá ocorrer o idioma necessário pode mudar.
Mas, na dúvida, o inglês é hoje a língua universal que todos se beneficiam de ter algum conhecimento. Mas como informar isso em um currículo?
As maneiras de se medir o seu inglês
No Brasil estamos acostumados a usar uma métrica bem simples para medir o conhecimento de inglês de alguém: básico, intermediário e avançado. Entretanto, essas são formas bem abstratas e simplistas de se classificar, fazendo com que exista um grande espaço para se avaliar cada um deles.
Já na Europa a forma de avaliação é através das classificações: A0, A1, A2, B1, B2, C1 e C2. A terminação A0 significa que o profissional tem zero conhecimento sobre o idioma, enquanto o C2 indica que seu conhecimento já é avançado, tendo alcançado o nível de fluência.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, existe um Department of Education (Departamento de Educação) em cada um dos estados. Neles os indivíduos são classificados como: False Beginner, Beginner, Lower Intermediate, Intermediate, Upper Intermediate, Advanced e Full English Proficient.
O False Beginner é novamente aquele que não possui conhecimento algum sobre o idioma. Já o Full English Proficient é aquele que está familiarizado com dialetos, sotaques e é tão fluente no idioma que pode ser considerado quase um nativo.
Mas qual deles devo usar?
Caso a empresa que você esteja se candidatando a vaga fique em outro país você poderá pensar na possibilidade de usar métricas mais específicas a eles. No entanto, caso esteja tentando chamar a atenção de um recrutador no Brasil, as classificações americanas e europeias podem não ser muito reconhecidas por ele.
A melhor forma de se candidatar a uma vaga ainda é usando dos parâmetros básico, intermediário e avançado. Entretanto, se limitar a essa única palavra não será o bastante para transmitir ao seu avaliador qual é o seu conhecimento de fato.
Por isso, aconselha-se detalhar um pouco melhor o que você é capaz de fazer e compreender, além da palavra usada. Por exemplo: se seu inglês é intermediário coloque também se você é capaz de participar de reuniões, conferências online, ler e escrever e-mails em inglês e ir a viagens de negócios.
Se seu inglês já é avançado pode detalhar também que é capaz de realizar apresentações em inglês, escrever relatórios mais elaborados e até mesmo integrar equipes multiculturais sem qualquer problema.
Mas atenção: muitas vezes detalhes demais em um currículo na tentativa de chamar atenção positivamente pode fazer exatamente o contrário. Por isso é importante saber resumir corretamente suas características, sem deixar de as transmitir corretamente.
Conversação com professores nativos, cursos presenciais ou online, moradia no exterior e outros modos de aprender inglês
Se você possui algum desses itens também poderá usá-lo em seu currículo tranquilamente. No caso de cursos ou aulas em que o aluno tenha certificados comprovando seu nível de aprendizado ele poderá adicionar ao currículo as informações contidas no certificado.
Já no caso de moradia em países estrangeiros a partir de um mês de vivência você já poderá usar isso ao seu favor. Mas atenção: viagens a turismo não são válidas e podem ser ignoradas pelos avaliadores.
Se você é autodidata também pode adicionar seu conhecimento no idioma, desde que seja fiel a sua capacidade de se comunicar com ele.
Testes internacionais
O teste mais utilizado no mercado de trabalho hoje é o TOEIC (teste de inglês para comunicação internacional). Ele irá avaliar qual o nível de conhecimento do indivíduo no idioma e sua capacidade de se comunicar cotidianamente com ele.
Mas existem também alguns outros, como o TOEFL e o IELTS, que podem ser feitos em qualquer estado brasileiro e podem ser úteis caso o seu objetivo seja viver em outro país.
Por último existem também os testes oferecidos pela Universidade de Cambridge, sendo a CAE e a CPE os mais avançados. Os dois são amplamente aceitos ao redor do mundo e servem para comprovar a proficiência do indivíduo em inglês.
Caso você tenha qualquer um desses testes é uma boa ideia os adicionar em seu currículo.
Não se esqueça: seja sincero no nível de inglês!
Apenas informar seu nível de inglês não é o bastante, a empresa também se encarregará de avaliar a quão verdadeira é essa informação. Por isso, evite exagerar nas suas capacidades, isso será facilmente desmentido e poderá lhe trazer grande constrangimento.
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