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O que é burnout e como evitá-lo

Talvez você ainda não saiba o que é burnout, mas provavelmente já deve ter passado por quase isso. Sabe aquele famoso estresse e cansaço excessivo causado pelo trabalho? Sim, esse estresse e desânimo podem se tornar o burnout, que é a síndrome do esgotamento profissional.

De acordo com pesquisas realizadas pela ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), que avaliou mil pessoas de 20 a 60 anos entre 2013 e 2014, a síndrome atinge 30% dos profissionais brasileiros.

É como se o profissional chegasse ao seu limite no trabalho, fazendo com que o cansaço excessivo se transforme em falta absoluta de energia. A pessoa simplesmente liga o piloto automático, e não tem mais motivação ou inspiração para trabalhar, apenas irritação, desânimo, e falta de concentração, sintomas da síndrome de burnout.

O termo “burnout“, do inglês to burn out, tem como significado algo como “queimar por completo”, e foi assim denominado pelo psicanalista nova-iorquino Herbert Freudenberger, após constatá-lo em si mesmo em 1974.

“É quando a casa cai”, resume o psiquiatra e clínico-geral Cyro Masci, autor do livro digital Bioestresse: Novos Caminhos para o Equilíbrio e a Saúde (Amazon).

Também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, pode ser desenvolvida por diversos motivos, entre eles, o desejo de ser o melhor naquilo que faz, ou quando o profissional mede a autoestima pela capacidade de realização e sucesso. O problema também pode aparecer quando o profissional não se sente reconhecido, ou após um período de esforço excessivo no trabalho, sem pausas para recuperação.

Sintomas da síndrome de burnout

Além de cansaço e desânimo constante, as pessoas com a síndrome também apresentam:

Alterações de humor
Distúrbios do sono;
Dores musculares e de cabeça;
Isolamento;
Agressividade;
Depressão;
Dificuldade de concentração;
Pessimismo;
Autoestima;
Falta de apetite.

Profissões mais afetadas

O burnout pode afetar qualquer profissão, porém de acordo com estudos, as categorias mais afetadas são as que lidam com pessoas e se expõe ao sofrimento humano. Além disso, grandes candidatos a desenvolver a síndrome são os famosos workaholics, aqueles que são viciados em trabalho, geralmente muito exigentes e perfeccionistas. Veja as áreas mais afetadas:

Profissionais da saúde em geral, principalmente, médicos e enfermeiros;
Bombeiros;
Psicólogos;
Jornalistas;
Advogados;
Professores;
Policiais;
Carcereiros;
Oficiais de Justiça;
Assistentes sociais;
Atendentes de telemarketing;
Bancários;
Executivos.

Nos Estados Unidos, um a cada cinco trabalhadores engajados têm risco de burnout, de acordo com uma pesquisa recente. Para ajudar, o The New York Times listou três coisas que você pode fazer para se sentir menos cansado. Porém, se você está se sentindo muito deprimido, esgotado e estressado, e se sente assim por mais de duas semanas, é recomendado que você busque ajuda profissional.

Faça um pouco de cada vez

Não se sobrecarregue com tanto trabalho, nem prometa cumprir tarefas em prazos que você sabe que é impossível. Faça no seu tempo, com calma, no SEU ritmo. Não acelere as coisas e não se pressione. Faça pequenas tarefas por dia, com qualidade, e sem procrastinar. Finalize aos poucos, dividindo o que está na lista de tarefas. De acordo com estudos, estabelecer e alcançar pequenos objetivos por dia pode aumentar os níveis de dopamina no cérebro.

Tire um tempo para você

O seu trabalho é muito importante, mas não mais do que você e sua saúde. Você deve se colocar como prioridade, e se está se sentindo deprimido e cansado, faça pausas e tente fazer coisas que te façam feliz. Vá deitar mais cedo e tenha uma noite completa de sono. Com certeza no dia seguinte você se sentirá mais relaxado. Parece uma dica simples e óbvia, mas muitas pessoas acabam se esquecendo da importância do sono. Se puder, tire a tarde para descansar. Ou então, jante no seu restaurante preferido, saia para passear e tomar um sorvete. Não importa o que, apenas escolha algo que te faz feliz. É muito importante que você faça pequenas pausas para se recuperar e se sentir melhor.

Converse com alguém

Sabia que o simples ato de conversar e interagir com outras pessoas pode ajudar a diminuir o problema? É o que a pesquisadora especializada em burnout, Christina Maslach, afirmou ao New York Times. “Descobrimos que a saúde e bem-estar de uma pessoa são muito melhores se ela está conectada a outras pessoas”, afirma. “Essa rede social, de que um apoia o outro, é como dinheiro no banco, é um recurso muito precioso”.

Tratamento

Especialistas recomendam que, além de buscar ajuda profissional, você analise sua rotina de trabalho para melhorar a qualidade de vida, tentando incluir a prática de atividade física regular, alimentação saudável, exercícios de relaxamento, manutenção de hobbies e contato maior com amigos e familiares.

Bom, e para finalizar, lembre-se de que estresse e cansaço são coisas normais da rotina de trabalho, mas se isso não passar, ou piorar, você deve buscar ajuda profissional.

Veja abaixo um vídeo interessante que explica um pouco mais sobre a Síndrome de Burnout:

Esperamos que as dicas possam ajudar, e qualquer dúvida, deixe o seu comentário!

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